O que levou este septuagenário (tem 71 anos), durante anos símbolo da direita, da mesma forma que o colombiano Gabriel Garcia Marqués o é da esquerda, a mudar? O laicismo, a separação entre a Igreja (lá, como cá, predominantemente católica) e o Estado, o primado do anticonservadorismo social, que o leva a defender o casamento entre homossexuais e as adopções por casais gay. "Medidas de progresso, que aumentam a liberdade e os direitos humanos", segundo escreveu na sua obra.
Mas o casamento só pode ser celebrado em Israel entre pessoas de sexo diferente embora sejam reconhecidos os casamentos realizados no estrangeiro.
Em França uma mulher solteira pode adoptar, uma mulher que viva em união de facto com outra mulher não. Ou pelo menos não podia até hoje...
O Partido Moderado sueco, principal partido da coligação a 4 de centro-direita que governa a Suécia, aprovou na sua convenção a defesa da legalização do casamento homossexual, do acesso pelas lésbicas à inseminação artificial nos hospitais públicos e da adopção de crianças por casais de gays e lésbicas. Em princípio todas as medidas serão em breve uma realidade, já que contam com o apoio da oposição e de 3 dos 4 partidos coligados.
Um gay com um filho biológico costuma causar estranhamento a muita gente. No entanto, as chamadas famílias alternativas existem para além dos limites daquelas que adoptaram (opção mais comum entre casais do mesmo sexo).
O comentário n'"Os tempos que correm" às respostas de Marques Mendes e Luís Filipe Menezes no Público de ontem. As respostas mostram ignorância, displicência, irresponsabilidade e, claro, a velha homofobia. Será que os casamentos de ambos não são só uniões? Merecerão um vínculo contratual público? E deverão poder ter filh@s? Será o interesse da criança (que é sempre singular nestas coisas) bem salvaguardado?
A União Democrata-Cristã (CDU) de Angela Merkel reuniu-se em Hanau para redefinir os princípios daquele partido alemão. No entanto a sua oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e adopção de crianças por casais de gays e lésbicas manteve-se inalterada.
Interessante artigo brasileiro que expõe a fundamentação jurídica, à luz da lei brasileira naturalmente, para a possibilidade de adopção por parte de casais homossexuais. Note-se que a referida fundamentação se refere ao quadro legal vigente, ou seja à lei tal como existe, concluindo que a adopção por casais homossexuais não é expressamente proibida pela actual lei brasileira! Encontrei a notícia no blog de Paulo Querido, neste link: pauloquerido.net/2007/09/recomendado_a_adopcao_por_casais_homossexuaiso